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Homem que filmou cru⋲Iɗɑɗ⋲ contra cavalo conta toda a verdade e diz que o hom …Ver mais

Após a divulgação de um vídeo que mostrou cenas de crueldade contra um cavalo e gerou forte comoção em todo o Brasil, um dos envolvidos no caso decidiu se pronunciar publicamente nesta quarta-feira, 20 de agosto. Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, responsável por filmar as imagens em Bananal, no interior de São Paulo, declarou inocência e afirmou que ficou “sem reação” ao presenciar a violência praticada contra o animal.

Segundo Dalton, seu envolvimento teria se limitado à gravação do episódio. Em publicações feitas nas próprias redes sociais, ele tentou se justificar diante da grande repercussão negativa que o vídeo alcançou. “Infelizmente, eu estava junto. Eu não consegui fazer nada.

Eu gravei o vídeo para mostrar que o animal estava caído”, disse, tentando afastar de si qualquer responsabilidade direta pelo crime. Ele ainda frisou que sua intenção não era debochar do sofrimento do cavalo, mas sim registrar a situação.

A cena, no entanto, causou revolta imediata entre internautas e defensores da causa animal.

No vídeo, que rapidamente viralizou, o amigo de Dalton, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, aparece cortando as patas do cavalo com um facão. A brutalidade do ato mobilizou a Polícia Civil e resultou na abertura de uma investigação que segue em andamento.

Em depoimento às autoridades, tanto Dalton quanto Andrey alegaram que o cavalo já estaria morto no momento em que as patas foram decepadas. Segundo eles, o animal teria se exaurido após percorrer um longo trajeto durante uma cavalgada, deitou-se no chão e morreu em consequência do cansaço.

A partir dessa versão, os dois tentaram justificar que a mutilação ocorreu apenas depois do óbito.

Dalton acrescentou que a ideia inicial era apenas filmar para enviar o vídeo ao pai de Andrey, registrando o cavalo caído. Contudo, de acordo com ele, o amigo decidiu subitamente praticar o ato cruel, surpreendendo-o.

“Ele foi e fez isso aí, sem necessidade nenhuma. Eu fiquei sem reação na hora”, relatou o jovem, ao reforçar que sua postura teria sido passiva e que não concordou com a violência.

Apesar das justificativas, a Polícia Civil trata o caso como maus-tratos com agravante de morte. A principal dúvida dos investigadores é se o cavalo ainda estava vivo no momento em que foi mutilado.

Esse ponto é considerado crucial para definir a gravidade das acusações e o enquadramento legal que será aplicado aos envolvidos.

Para esclarecer a questão, a polícia aguarda a conclusão de laudos periciais realizados por especialistas veterinários. Esses documentos deverão indicar se os ferimentos foram provocados antes ou depois da morte do animal, além de detalhar o real motivo do óbito.

Até o momento, ninguém foi preso, mas a investigação segue em ritmo acelerado devido à comoção pública e à pressão por respostas rápidas.

O episódio, marcado por cenas de crueldade extrema, reforçou o debate nacional sobre maus-tratos a animais e levantou questionamentos sobre a responsabilização de quem presencia e não impede atos de violência.