Mãe denuncia professor da educação infantil que deu rasteira em filho autista; video causou revolta

Um caso de agressão de um professor, contra um aluno autista de 11 anos, veio à tona no último domingo (06/04) graças a uma reportagem do Fantástico, da TV Globo. Na última semana, celebrou-se a semana de consciência sobre o autismo. O caso aconteceu em 2024, mas a família só conseguiu acesso as imagens que confirmam a agressão neste ano, depois de seis meses. Nas redes sociais, a reportagem gerou revolta.

De acordo com informações da reportagem, o caso aconteceu no Centro Educacional Meirelles Macedo, em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. O menino, de 11 anos, estava com a turma durante uma atividade extracurricular de capoeira.

Segundo a mãe do menino, tudo começou quando o garoto teve dificuldade para realizar uma atividade. O professor então orientou que ele usasse uma bola para praticar. O menino, identificado como Guilherme, tentou pegar o objeto emprestado com duas meninas, mas sem sucesso.

Frustrado, o garoto chutou a bola e recebeu um tapa na cabeça, dado por uma das meninas. Uma pequena confusão se forma e o professor conversa com Guilherme. O menino então chuta a bola mais uma vez, momento em que recebe uma rasteira violenta e, segundo a mãe do menino, é segurado pelo pescoço e ameaçado.

Na sequência, o professor expulsa os alunos da sala e encerra a aula. Apesar do que mostram as imagens, a escola optou por suspender Guilherme e, segundo a mãe do menino, não explicou os fatos para a família.

“Eu cheguei lá para conversar, para entender o que tinha acontecido e eu saí de lá sem uma resposta. Ninguém falou, assim, ele não foi agredido. Porque eu só queria ouvir isso”, afirmou Joyce Barbosa.

Vitor Barbosa, professor filmado agredindo o menino, alega que a rasteira é uma “técnica de imobilização” com o objetivo de impedir novas agressões, apesar do que mostram as imagens. A escola, por sua vez, afirma não ter mais vínculo com o professor.